As descargas elétricas matam, em média, 111 pessoas por ano no Brasil. O levantamento sobre as mortes registradas no país nos últimos 15 anos foi divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O estudo feito pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) compara dois períodos. De 2000 a 2009, foram contabilizadas, em média, 132 mortes. Já quando se analisa os dados de 2000 a 2014, a média cai para 111.
O levantamento aponta ainda que as vítimas de raios na região norte estão aumentando enquanto no sudeste e centro-oeste os registros vem diminuindo. No ranking por cidades, São Paulo lidera o número de vítimas fatais, com média de 26 mortes registradas por ano. Em seguida, estão Manaus (AM) com 22 mortes;11 em Campo Grande (MS);10 em São Luís(MA) e nove em Porto Velho (RO). O Rio de Janeiro, Brasília (DF) e São Gabriel da Cachoeira (AM) tem oito mortes por raios cada um.
“A tendência é que a incidência de raios aumente nos próximos anos. No verão, a região sudeste, tem aumento nos raios, apesar do crescimento previsto não ser tão grande quanto a região sul, que pode até duplicar”, afirmou.
Perfil
O levantamento também aponta para uma mudança no perfil das vítimas de raios. Até 2009, 40% das vítimas tinham até 24 anos. Já nos últimos quinze anos, o número de vítimas dessa faixa etária passou para 68%.
O estudo também chama a atenção para um outro dado. Apesar da residência ainda ser o local mais seguro para se abrigar durante os fortes temporais, as mortes dentro de casa saltaram de 12% no primeiro levantamento para 19% nos últimos quinze anos.
“Os números preocupam e mostram que precisamos evoluir em sistemas de proteção dentro de casa, pois ainda há riscos. É necessário que as pessoas evitem ficar próximo de objetos ligados à rede elétrica ou rede telefônica durante as tempestades”, disse Osmar Pinto Junior, coordenador do Elat.
Foram 98 mortes, uma a menos do que em 2013. As principais circunstâncias de morte permanecem as mesmas de outros anos: 27% das vítimas estavam em atividades agropecuárias quando foram atingidas e 20% estavam dentro de casa. Entre todas as vítimas, 56% viviam na zona rural.
Os números de São Paulo se destacam em razão de dois acidentes fatais ocorridos no segundo semestre de 2014. Em 7 de novembro, três moradores de rua foram atingidos simultaneamente por um raio e, em 29 de dezembro, quatro banhistas receberam uma descarga em Praia Grande. O episódio do litoral sul foi a segunda maior tragédia provocada diretamente por um raio no Brasil.
Em 2014, as cidades com o maior número de vítimas foram: São Paulo (5); Praia Grande (SP) (4); Pauini (AM), Wanderley (BA) e Igarapé Grande (MA) (2) em cada.
Série – Com os dados de 2014, o Elat completa 15 anos de análises de mortes por raios no país. Pela primeira vez, a série histórica de 2000 a 2014 apresenta a cidade de São Paulo como a recordista em número de mortes por raios. No período, houve 25 mortes por descargas atmosféricas na capital paulista ante 22 fatalidades em Manaus (AM), que até 2013 era primeira colocada no ranking.
O estado de São Paulo se mantém com o maior número de vítimas, com 288 casos em 15 anos. Minas Gerais teve, no período, 132 mortes e o Rio Grande do Sul, 130.
Nos primeiros dez anos de pesquisa, em nove anos o número de mortes superou uma centena. Entre 2010 e 2014, apenas em um ano o número de mortes foi maior do que 100. “Estes números [de agora] sugerem uma redução nas mortes por raios no país, possivelmente devido ao aumento de informações sobre prevenção”, diz o coordenador do Elat, Osmar Pinto Junior.
Fonte: Elat
Foto: Divulgação/Elat – Levantamento de 15 anos aponta São Paulo como a cidade com o maior número de acidentes fatais.
http://ahduvido.com.br/15-casos-de-pessoas-que-sobreviveram-ao-impossível
http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2015/10/numero-de-mortes-causadas-por-raios-tem-queda-no-brasil-aponta-inpe.html
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